É a semana da criança e me peguei pensando no que gostaria
de escrever nesta época, o que gostaria de compartilhar. Nesta semana, mexendo
com o site Maternidade Consciente, reli muitos dos comentários que foram
enviados sobre os diversos artigos. Me chamou a atenção, e sempre me chama,
quantos comentários recebemos pelos textos de depoimentos sobre desmame que
temos publicados no Portal Maternidade Consciente. Trabalho com o incentivo ao
aleitamento materno prolongado, e sei que pensar em desmame é sempre um tema
delicado e cheio de polêmicas. Neste momento não vou tratar especificamente do
tema do desmame, mas do que me chamou mais atenção quanto aos dois depoimentos
sobre desmame: o retorno positivo que temos recebido das mulheres sobre as
informações compartilhadas nestes depoimentos. As duas mães que escreveram
sobre suas experiências para o site tiveram em comum uma situação de profundo
respeito ao tempo do bebê e suas necessidades, e também ao seu próprio tempo e
necessidades enquanto mulheres e mães.
Ao ler sobre as experiências destas mães que falam de desmame natural e
respeitoso, muitas mulheres têm comentado que repensaram suas decisões sobre
desmamar o filho. Elas vieram até a internet para buscar informações sobre como
proceder quanto ao desmame, muitas com seus bebês bem mais novos que 2 anos de
idade, algumas poucas já próximas dessa fase. Muitas estavam se forçando a
desmamar, seja por pressão social, seja por pressão de si mesmas, de suas
crenças e julgamentos sobre o que devem fazer com os filhos. Muitas estavam
buscando por alguém que lhes dissessem o que é correto fazer, já sem saber o
que realmente queriam, sem conseguir sentir o que realmente era importante
neste processo para si e para seus bebês. E ao ler os depoimentos, estas
mulheres têm compartilhado conosco que repensaram tudo o que estavam fazendo, a
maioria nos disse que iriam adiar o desmame, porque realmente não se sentiam prontas,
muito menos seus bebês! E que alegria e emoção é poder testemunhar estes
relatos, de mulheres repensando escolhas ao ouvirem de outras mães que é
possível encontrar outro caminho, de respeito e amor para
ambas as partes envolvidas: mãe e bebê. Não só a mãe que sai ganhando, mas
principalmente o bebê, que pode receber dessa mãe outra qualidade de atenção, com
respeito ao seu ritmo e necessidades, ao momento de suas vidas.
Na semana das crianças, que possamos pensar em atitudes que ajudem as mães a estarem mais inteiras para seus bebês, que as ajude a rever suas escolhas e experiências de maternagem. Leia alguns insights a respeito deste assunto no Portal Maternidade Consciente, no texto "Entre a criança que tenho e a criança que fui".
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